O teatro folclórico que retrata a puxada de rede, conta a história de um pescador que ao sair para o mar em plena noite para fazer o sustento da família, despede-se de sua mulher que, em mau pressentimento, preocupa-se com a partida do marido e o assusta dizendo dos perigos de sair à noite, mas o pescador sai e deixa-a a chorar, e os filhos assustados.O pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros de pesca e a bênção de Deus.Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às cinco horas da manhã, a mulher do pescador, que ficou na praia esperando a hora do arrasto, teve uma visão um tanto quanto estranha. Ela vê o barco voltando com todos à bordo muito tristes e alguns até chorando. Quando os pescadores desembarcam, ela dá pela falta do marido e os pescadores dizem a ela que ele caiu no mar por conta de um descuido e que devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo, ficando ele perdido na imensidão das águas.Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto da rede que ficara no mar, os pescadores notaram que por ter sido aquela uma noite de pouca pesca, a rede estava pesada demais. Ao chegar todo o arrasto à praia, já com dia claro, todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do pescador desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desespero tomou conta de todos alí presentes.Prossegue-se então os rituais fúnebres do pescador sendo levado à sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar, sendo seu corpo carregado nos ombros, pois a situação financeira não comportaria a compra de uma urna, o cortejo segue pela praia.
Nos dias de hoje ...
» A PESCA DO XARÉU
Os descendentes dos escravos africanos continuam a pescar xaréu no litoral da Bahia. No início pescavam também baleia. Hoje vivem no litoral e pescam nas praias de Armação, Chega-Negro, Carimbamba. O xaréu é um grande peixe, de carne escura, que anualmente, no seu ciclo de vida, vem cumprir a sua função procriadora da desova. Aparece nas praias nordestinas, principalmente nas da Bahia, na época do calor, procurando um clima mais quente, entre outubro e abril.
» A REDE NO MAR
A rede imensa é colocada numa jangada muito pesada, que desliza sobre troncos, rolando até dentro da água. Os remadores vencendo a rebentação forte do mar colocam a rede dentro d'água e prendem nas "amarrações". Começam os cantos para que a pescaria seja farta.
» O PEIXE NA REDE
Aproxima-se o cardume de xaréu. As canoas pequenas levam os mergulhadores e o mestre do mar. Os mergulhadores mergulham, perigosamente, dentro da rede para verificar se os peixes já estão presos. Voltam à tona. Até que o mestre do mar dá o sinal com um apito. Depois faz sinais com o chapéu de palha para a praia dizendo se há pouco ou muito peixe. Há, desta vez, muito peixe. Começa a grande labuta que é uma festa. O mestre de terra trabalha em conjunto com o mestre do mar. Começa a puxada da rede. As mulheres dos pescadores e o povo da praia ajudam para ganhar o "lava-pé" (peixe pequeno de graça). A rede vai sendo puxada enquanto os cantadores cantam batendo o ritmo com os pés, sincronizando o trabalho.
» O PEIXE NA PRAIA
As duas pontas das redes vão se aproximando, e breve ela deixará na praia o presente do mar. Peixes e peixes enormes prateados que pulam, ainda vivos. Chegam os "jegues" (burricos) que vão levar o peixe para ser vendido, ou os "caminhões de xaréu", quando a pesca é muito grande. A rede é recolhida e todos cantam para a Rainha do Mar, agradecendo a boa pescaria.
» OS MESTRES DE TERRA E MAR
Mais de cinqüenta pescadores se submetem ao comando de um chefe geral, ajudado pelo mestre do mar e o mestre de terra. Que coordenam e comandam as operações em terra e no mar. Usam calção e chapéu de palha. O mestre de terra usa um apito pendurado no peito e um bastão com um arpão na ponta, para pegar os peixes que fogem da rede. Cada mestre tem um grupo de uns vinte homens sob seu comando.
Os descendentes dos escravos africanos continuam a pescar xaréu no litoral da Bahia. No início pescavam também baleia. Hoje vivem no litoral e pescam nas praias de Armação, Chega-Negro, Carimbamba. O xaréu é um grande peixe, de carne escura, que anualmente, no seu ciclo de vida, vem cumprir a sua função procriadora da desova. Aparece nas praias nordestinas, principalmente nas da Bahia, na época do calor, procurando um clima mais quente, entre outubro e abril.
» A REDE NO MAR
A rede imensa é colocada numa jangada muito pesada, que desliza sobre troncos, rolando até dentro da água. Os remadores vencendo a rebentação forte do mar colocam a rede dentro d'água e prendem nas "amarrações". Começam os cantos para que a pescaria seja farta.
» O PEIXE NA REDE
Aproxima-se o cardume de xaréu. As canoas pequenas levam os mergulhadores e o mestre do mar. Os mergulhadores mergulham, perigosamente, dentro da rede para verificar se os peixes já estão presos. Voltam à tona. Até que o mestre do mar dá o sinal com um apito. Depois faz sinais com o chapéu de palha para a praia dizendo se há pouco ou muito peixe. Há, desta vez, muito peixe. Começa a grande labuta que é uma festa. O mestre de terra trabalha em conjunto com o mestre do mar. Começa a puxada da rede. As mulheres dos pescadores e o povo da praia ajudam para ganhar o "lava-pé" (peixe pequeno de graça). A rede vai sendo puxada enquanto os cantadores cantam batendo o ritmo com os pés, sincronizando o trabalho.
» O PEIXE NA PRAIA
As duas pontas das redes vão se aproximando, e breve ela deixará na praia o presente do mar. Peixes e peixes enormes prateados que pulam, ainda vivos. Chegam os "jegues" (burricos) que vão levar o peixe para ser vendido, ou os "caminhões de xaréu", quando a pesca é muito grande. A rede é recolhida e todos cantam para a Rainha do Mar, agradecendo a boa pescaria.
» OS MESTRES DE TERRA E MAR
Mais de cinqüenta pescadores se submetem ao comando de um chefe geral, ajudado pelo mestre do mar e o mestre de terra. Que coordenam e comandam as operações em terra e no mar. Usam calção e chapéu de palha. O mestre de terra usa um apito pendurado no peito e um bastão com um arpão na ponta, para pegar os peixes que fogem da rede. Cada mestre tem um grupo de uns vinte homens sob seu comando.